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Como acabar com as discussões sobre dinheiro

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Mensagem  Admin Dom Out 30, 2011 10:48 am

Uma relação pode ser muito abalada pelos problemas financeiros. Por vezes, as diferenças em termos de filosofia financeira começam a criar problemas algum tempo depois de o amor ser ofuscado com os problemas de dinheiro.

Por vezes, um gosta de ir às compras e gastar sem pensar como se vai pagar, outro gosta de refletir sobre qualquer compra, mesmo a compra do pacote de arroz no supermercado, e os conflitos e discussões sobre o tema sensível do dinheiro não tardam a surgir. Por vezes, um elemento do casal chega a esconder do outro as suas decisões de compra com medo da recriminação.

Deixem de discutir sobre dinheiro, sigam os conselhos seguintes e coloquem a vossa relação menos dependente do dinheiro.

Aceitem os distintos pontos de vista
O dinheiro significa uma grande parte de poder e controlo, e a forma como um casal o gere é o reflexo de como se vê como casal. E como ganhar ao dinheiro sem perder ao amor? Por vezes o gastador atrai-se por um poupado, no sentido quase de salvação. Porém, o gastador pode começar a ressentir-se com o poupado. Compreenderem a vossa dinâmica de casal é um bom indício para resolverem o problema: quando aceitarem o ponto de vista um do outro começa a ser mais fácil perceberem que não existe punição de uma das partes, mas sim ajuda.

Marquem uma conversa
Desliguem a TV e conversem. A maior parte das vezes os casais só conversam sobre dinheiro durante as discussões. Marquem uma hora e um dia para conversarem sobre dinheiro; não para passear ou para ver TV, apenas para falarem assertivamente sobre assuntos relacionados com o dinheiro. Decidam ambos um bom dia para conversar, para que de repente não soe a uma decisão de apenas uma das partes, e desta forma ambos têm a oportunidade de pensar sobre o assunto antes de o conversarem.

Digam como se sentem em relação ao dinheiro
Sentem-se, e conversem sobre diversos pontos como: como é que ambos gostavam de estar financeiramente de forma realística, como se sentem em relação à vossa situação financeira, quais os segredos que esconderam, qual a real situação financeira, tudo. Vejam quais são as poupanças que têm, as dívidas, os empréstimos, e qual o rendimento. Cada um fala na sua vez, e nenhum deve interromper, isto é um trabalho de equipa e não uma forma de ver quem é que tem mais razão, ou quem ganha a discussão, e acima de tudo oiçam-se um ao outro! Se querem resolver os problemas é necessário que de facto se oiçam um ao outro.

Falem sobre o passado
A forma como cada um lida com o dinheiro tem, na maioria dos casos, a ver com a forma como os pais lidavam com o dinheiro. Muitas vezes antes de viverem uma vida a dois não pensaram ser fundamental ou até romântico conversarem sobre dinheiro: grande erro! Durante a conversa falem acerca de como é que os pais de ambos lidavam com o dinheiro: se um tinha uns pais onde apenas o pai trabalhava e a mãe ficava em casa, ou se outro tinha ambos os pais a trabalhar e a mãe era a que ganhava mais dinheiro, gerindo o orçamento familiar com mão de ferro. Se um de vocês vem de uma família onde o dinheiro sempre foi escasso, pode ser o seu passado que lhe diz que tem de estar sempre atento e preocupado para que nunca falte dinheiro, e portanto goste bastante de poupar. Ao conhecerem as histórias um do outro ajudará a compreender o comportamento de cada um e a sentirem empatia um pelo outro. O passado é apenas o passado, mas ao verbalizá-lo pode ajudar a ultrapassá-lo e a caminhar melhor para o futuro.

Concordem em fazer um contrato
Como objetivo da conversa deve estar um contrato no qual deve ficar definido o que fazer e como agir sobre o dinheiro em todas as situações. Previamente, concordem também que não vão resolver um problema financeiro com uma das partes a sentir-se ressentida ou zangada. Assim sendo, devem fazer um contrato escrito e decidido por ambos. Escrevam um documento que ambos assinam, e que independentemente da percentagem do rendimento que cada um contribui mensalmente, ambos decidem igualmente como o gastar.

Isto significa que ambos devem conversar de forma calma, sem gritos ou sem acusações, apenas baseados na racionalidade de cada decisão de gasto, mesmo sobre as coisas mais pequenas como as compras do supermercado. Decidam e escrevam qual a decisão tomada em relação a cada item e tipo de gasto. Se não conseguirem concordar em alguma parte dos gastos ou sobre a forma como se gasta o dinheiro, não podem gastar esse dinheiro até que ambos cheguem a um compromisso de como o fazerem consensualmente e com ambos a concordarem amigavelmente.

Para isto é necessário uma grande dose de negociação, por isso, passem algum tempo a pensar em soluções, e nada de acusações de que um contribui mais que o outro, ou que gasta mais do que o outro. Se um de vocês propuser uma decisão que o outro não goste, deve deixar a pessoa terminar a sua ideia e depois contrapor com uma solução que considere melhor. Se não chegarem a um consenso, conversam sobre isso num outro dia.

Façam um plano de gastos
Depois de terem o modo de funcionamento das finanças em curso – plano decidido – têm de dar conta dos números reais: o que entra e o que sai todos os meses. Um plano de gastos é apenas uma forma simples de registar num papel os gastos, fazendo uma simulação para que não gastem mais do que recebem.

Comecem por registar os custos fixos (água, luz, gás, renda da casa, leasing do carro, custos no supermercado, dívidas do cartão de crédito, etc.). Somem o que recebem e subtraiam as despesas fixas, depois subtraiam as despesas variáveis (roupa, ginásio, TV cabo, etc.). Se não têm noção de quanto gastam, esperem um mês e durante esse tempo assentem todas as despesas que fizeram, mesmo até o café que bebem diariamente depois do almoço – no final do mês verão o quanto vai para quê e quanto podem poupar.

Menos dívidas menos stress
Quantos mais créditos, dívidas de cartões de crédito existirem, maior o stress. Este tipo de situação leva a mais discussões e a mais problemas devido a problemas financeiros. Ambos devem guardar os cartões de crédito ou deixarem de os usar, e pagar os empréstimos o mais rápido que puderem. Tentem pagar um montante fixo mensal acima do valor que está estipulado pelo banco ou pelo credor da dívida. Ficarão surpreendidos como com um pouco de poupança por dia conseguem pagar uma dívida mais rapidamente. Com apenas uma poupança de 4 euros por dia (basta por exemplo não beber 4 cafés por dia) ao final do ano poupam 1440 euros a mais. Agora pensem que podem poupar 8 euros por dia…

Pagar as dívidas
Ambos devem concordar que se têm dívidas o maior esforço financeiro deve feito para as pagar em primeiro lugar. Definam um objetivo para pagar a dívida e passo a passo, através da poupança, vão amortizando a dívida. Façam um esquema onde definem quanto vão poupar por mês e quanto vão amortizar a dívida por mês. Este esquema deve ser cumprido religiosamente. Este plano pode ser um plano a longo prazo, pode ser um plano a X anos, onde ambos sabem que têm de fazer um esforço para o cumprir.

Relaxem
Nem sempre é fácil manterem-se completamente cientes dos gastos e de todos os cêntimos, e estar a olhar para cada cêntimo gasto pode ser muito stressante. Por isso, deixem uma margem de manobra, como terem um valor fixo (por ex 30€) por semana para gastarem no que quiserem, sem terem de prestar contas. Concordem que acima desse valor estipulado, ambos têm de estar de acordo com a política de gastos definida por ambos.

Preciso mesmo disto?
Por vezes as dívidas surgem porque são de facto necessárias, mas outras vezes surgem devido à tentativa frustrante das pessoas se preencherem, comprando coisas em vez de se preencherem com amor ou com realização pessoal. Sem qualquer sentido de julgamento de valores, é muito importante que cada um pare e avalie os seus gastos, e a sua verdadeira necessidade. Uma boa dica para comprar menos é fazer a questão fulcral antes da compra: preciso verdadeiramente disto? E responder honestamente. Isto não significa que não se possa fazer uma comprinha ou outra para obter um miminho, mas a diferença é que se pode responder à questão dizendo: não preciso, mas decido comprar na mesma, hoje mereço um mimo.

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