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Fertilidade e concepção

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Mensagem  Admin Dom Out 30, 2011 11:23 am

Fertilização in vitro

Se a infertilidade já é uma certeza, a fertilização in vitro poderá ser uma solução. Este método implica que a fertilização seja feita fora do corpo: o óvulo é fecundado pelo espermatozóide numa espécie de pequeno recipiente de vidro (de nome proveta), num ambiente controlado; sendo esta considerada uma técnica de reprodução assistida. Esta técnica é realizada em ambiente laboratorial colocando in vitro um número significativo de espermatozóides à volta de cada ovócito, procurando desta forma obter embriões de qualidade a transferir posteriormente para a cavidade uterina.
O primeiro bebé “feito” desta forma nasceu em 1978 na Grã-Bretanha, sendo considerado o primeiro “bebé proveta” do mundo.
Fases e efeitos secundários
Antes de poder optar por uma fertilização in vitro deve fazer uma série de exames físicos, para verificar se é uma boa candidata a este tratamento de infertilidade. Se for aprovada passar-se-á o seguinte:
Inicialmente será necessário tomar medicamentos que suprirão a actividade dos ovários, é habitual inalar um spray de hormonas durante cerca de 21 dias. De seguida tomará uma série de injecções que irão estimular os ovários, que os levarão a produzir mais óvulos. O processo é controlado por análises sanguíneos e por ecografias. Esta fase implica sintomas como: transpiração excessiva, rubores, tonturas, insónia e secura vaginal.
Na fase seguinte os óvulos são retirados pelo menos 1 hora antes de ocorrer a ovulação. Logo que os folículos estejam prestes a libertar os óvulos é-lhes aplicada uma injecção de gonadotrofina crónica humana (HGC) para estimular a ovulação que fará libertar os óvulos e que irá permitir a sua recolha por aspiração. Esta injecção implica sintomas semelhantes aos da tensão pré menstrual como: tristeza, inchaço, cansaço, ansiedade e um mau estar geral.
No momento de recolher os óvulos é aplicada uma anestesia local, e com uma agulha muito pequena serão aspirados alguns óvulos. Esta agulha é inserida usualmente pelo topo da vagina ou pelo abdómen. A recolha de óvulos, devido à anestesia e a todo o processo, implica dores nos ovários, bem como no abdómen.
De seguida os seus óvulos e os espermatozóides do seu parceiro (obtidos após uma colheita de esperma sendo normalmente sujeitos a algum tratamento prévio) são colocados juntos para serem fecundados. Durante os dias seguintes, os óvulos fecundados irão dividir-se e tornar-se-ão embriões. A transferência de embriões é um processo emocionalmente desgastante devido à carga emocional que esta fase implica, para além de poder implicar dores nos seios e em todo o abdómen.
Prepare-se emocionalmente
Se optar pela fertilização in vitro deverá estar acompanhada por alguém que a apoie a nível emocional, e por vezes o parceiro não é suficiente; pedir ajuda psicológica poderá ser uma solução. A fertilização in vitro tem bons índices de sucesso, mas por vezes serão necessárias diversas intervenções que poderão ser dolorosas e emocionalmente desgastantes. Este tratamento é usualmente um tratamento dispendioso, por isso, saiba quando deve parar, nem que seja fazer um interregno emocional até decidir iniciar um novo tratamento.


Causas da infertilidade da mulher

As causas da infertilidade da mulher podem ser inúmeras mas as mais frequentes são:
Alterações hormonais, levando a distúrbios na ovulação a ovulação implica um processo de diversas fases que envolvem a maturação e libertação do óvulo. Para que estas fases aconteçam, existe um conjunto de hormonas responsáveis e que as fazem despoletar. Esta libertação das hormonas deverá ser equilibrada, pois poderá existir maior libertação de um tipo de hormona do que de outro, ou até mesmo ser inexistente.
Endometriose – o endométrio (revestimento do útero) é normalmente composto por células que por vezes poderão crescer fora dele; isto é a endometriose. Na ocasião da menstruação estas células sangram fazendo com que os órgãos internos acabem por ficar colados ao sangue com o tecido endometrial. A endometriose pode dar origem à infertilidade se os órgãos reprodutores forem lesionados. A endometriose provoca menstruações muito longas e com muito fluxo.
Fibromiomas – os fibromiomas são tumores benignos que crescem dentro do útero. Nem sempre estes tumores causam infertilidade, mas também não significa que não o façam. Estes tumores poderão exercer pressão nas trompas de Falópio, no entanto, poderão ser removidos cirurgicamente.
Síndrome do ovário poliquístico – usualmente dentro dos folículos dos ovários desenvolvem-se os óvulos, e quando um estiver maduro irá ser libertado. Mas quando se sofre de síndrome do ovário poliquístico os folículos não se transformam em óvulos, mas sim em quistos, não podendo os óvulos atingir a sua maturidade e assim não havendo ovulação não se liberta o óvulo para posteriormente ser fecundado.
Lesões nas trompas de Falópio – DST’s como a clamídia, a endometriose, infecções diversas poderão ser as causas do mau desempenho das trompas de Falópio, pois poderão bloqueá-las, ou mesmo lesioná-las, provocando infertilidade.


Problemas de fertilidade: como detectar

Infelizmente 1 em cada 6 mulheres tem dificuldade em engravidar. Uma mulher que tenha a total capacidade de engravidar, só tem uns meros 20% de probabilidade mensal de o fazer. Se deseja ardentemente engravidar, não desespere, pois a probabilidade existe, só que tudo demora o seu tempo; poderá “ser à primeira” ou até demorar anos.
Tempo necessário antes de dar o 1º passo
Deverá pelo menos tentar engravidar durante 6 meses, e só após este período é que deve procurar ajuda. Saiba que tudo depende da idade, do estado físico e do estilo de vida. Se tiver mais de 35 anos, o período menstrual não for muito regular e não conseguir engravidar após 6 meses de tentativa, talvez seja uma boa ocasião para começar a pensar em procurar ajuda médica.
1º passo – Procurar médico de família
Se optar por pedir ajuda médica poderá ter de responder a questões sobre a regularidade do ciclo menstrual, sobre o seu estilo de vida, sobre se já teve alguma lesão abdominal, ou se teve alguma DST (doença sexualmente transmissível). Nesta consulta seja o mais sincera possível com o médico, não tente esconder pormenores, embora possa pensar que são embaraçosos e não tenham interesse, poderão ser a diferença entre poder ou não poder ter filhos. Deixe o médico avaliar a situação, e não esconda nada. Certamente irá passar por alguns testes e exames que poderão ser menos agradáveis mas na realidade serão fundamentais para obter pelo menos uma resposta.
Os exames comuns a realizar pelo médico de família ou ginecologista serão: um exame interno, uma citologia (Papanicolaou), análises ao sangue e à urina. Num exame às hormonas, em que se analisam os níveis hormonais, terá a resposta sobre se tem ou não ovulação. O exame ao sangue, entre outras respostas, dará respostas acerca de alguma DST, especialmente a clamídia que pode ser a causa da infertilidade. O seu parceiro também deverá fazer testes semelhantes, à urina, sangue e também ao pénis, testículos e sémen.
2º passo – Consultar especialista em infertilidade
Depois do seu médico de família ter avaliado os resultados, poderá concluir que será necessário consultar um médico especialista em infertilidade que irá fazer novos exames e testes. Os mais comuns são:
Ecografia: é feita ao baixo-ventre, especialmente para verificar o funcionamento dos ovários.
HSG (Histerossalpingografia ): sem necessidade de anestesia geral, através de um cateter introduzido através da cérvix é introduzido no útero um líquido que servirá de contraste para verificar se existem malformações nas trompas de Falópio. De seguida, através de um raio-x poderá verificar-se o contraste e retirar as conclusões relativas ao funcionamento das trompas de Falópio.
Biopsia: é recolhida uma pequena amostra do endométrio. Verifica-se a espessura do endométrio (mucosa que reveste a parede uterina) para verificar se é suficiente para a nidificação do ovo.
Laparoscopia: é feita uma pequena incisão no umbigo sendo inserido um mico-telescópio para observar todos os órgãos reprodutores.


Compreender a ovulação

A ovulação ocorre quando um óvulo maduro é libertado do ovário e lançado pela trompa de Falópio, encontrando-se assim disponível para ser fertilizado. A parede do útero fica mais espessa e coberta com uma mucosa protectora para se preparar para fertilizar o óvulo. Se não existir fecundação a mucosa da parede uterina irá ser expulsa. A expulsão do óvulo não fertilizado com a mucosa uterina é a fase da menstruação.
Factos da ovulação:
Um óvulo vive usualmente 12 a 24 horas, podendo sobreviver até às 72,sendo que a probabilidade de ser fecundado diminui drasticamente após as 24horas, logo após a saída do ovário
Usualmente só um óvulo é libertado de cada vez que se dá a ovulação
A ovulação pode ser afectada pelo stress, doença ou por interrupção das rotinas habituais
Algumas mulheres podem ter um pouco de sangue durante a ovulação
A implantação de um óvulo fertilizado normalmente ocorre entre os 6 a 12 dias depois da ovulação
Cada mulher nasce com milhões de óvulos imaturos que só esperam que a sua vez de sair seja na próxima ovulação
O período menstrual pode ocorrer mesmo se a ovulação não ocorrer
A ovulação pode ocorrer mesmo se o período menstrual não tiver ocorrido
Algumas mulheres podem sentir uma dor ligeira perto dos ovários quando está a ocorrer a ovulação
Se um óvulo não for fertilizado ele desintegra-se e é absorvido pela parede do útero
Seguir a ovulação:
O ciclo mensal da mulher é medido desde o primeiro dia do período menstrual até ao primeiro dia do próximo período menstrual. Em média, o ciclo da mulher dura entre 28 a 32 dias, embora algumas mulheres possam ter ciclos mais curtos ou mais longos. A ovulação pode ser calculada começando pelo dia em que ocorreu o início do último período menstrual; começa por calcular-se 12 a 16 dias seguintes ao primeiro dia do período. Muitas mulheres ovulam entre o 11º e o 12º dia do seu ciclo – contando desde o primeiro dia em que iniciou o período menstrual. Este período de ovulação é conhecido como o período fértil do ciclo da mulher, pois, é mais fácil conseguir engravidar nesta altura. A ovulação pode ocorrer em diversas ocasiões durante o ciclo, e pode ocorrer num dia diferente em cada mês. É sempre importante ter em atenção o seu ciclo para saber qual a sua maior probabilidade de engravidar.
O ciclo da ovulação divide-se em duas partes:
1ª Fase - A primeira fase da ovulação é chamada a fase folicular. Esta fase inicia no primeiro dia do último período menstrual e continua até à altura da ovulação. A primeira parte do ciclo muda muito de mulher para mulher, podendo durar de 7 até 40 dias.
2ª Fase - A segunda fase do ciclo é chamada a fase lútea. Esta fase dura desde o dia da ovulação até ao primeiro dia do próximo período menstrual. A fase lútea tem uma linha de tempo mais precisa e dura usualmente 12 a 16 dias depois do dia da ovulação. O dia da ovulação acaba por determinar a duração deste ciclo. Isto também significa que factores como o stress, doença, e mudanças drásticas na rotina diária poderão mudar o dia da ovulação e afectar a fase posterior. O stress pode afectar o período menstrual, embora stressar na altura do período não implica que o faça vir mais tarde, isso já foi determinado 12 a 16 dias antes.
Determinar o período fértil é a forma de saber quando a ovulação irá decorrer, e isto inclui estudar o muco cervical e a temperatura através de um termómetro basal. O fluído cervical mudará para uma substância húmida e escorregadia que se assemelha a clara de ovo, logo antes da ovulação ocorrer e até a ovulação terminar. O termómetro basal ajuda a detectar o aumento da temperatura do corpo, altura em que a ovulação acabou de ocorrer, apesar de ser algo muito falível pois a temperatura do corpo pode alterar-se em variadíssimas circunstâncias.
Do período menstrual até à ovulação – detalhes
Quando o seu ciclo menstrual inicia, os seus níveis de estrogénio baixam. O seu hipotálamo (encarregue de manter o nível hormonal) envia uma mensagem à sua glândula pituitária que, por sua vez, envia a hormona (Hormona Luteinizante) de estimulação do folículo que se encontra pronto. Esta hormona estimula alguns dos folículos que se desenvolvem em óvulos maduros. Um destes óvulos irá desenvolver-se no folículo dominante, que libertará um óvulo maduro enquanto os restantes se desintegrarão. Enquanto os folículos ganham maturidade, enviam outra hormona: o estrogénio. Os elevados níveis de estrogénio irão dizer ao hipotálamo e à glândula pituária que existe um óvulo maduro.
A hormona luteinizante é então libertada. Esta hormona faz com que o óvulo irrompa através do ovário dentro de 24 a 36 horas e inicia a sua jornada pelas trompas de Falópio para ser fertilizado. O folículo do qual o óvulo foi lançado é chamado o corpo lúteo, e irá libertar progesterona que ajudará a engrossar e a preparar a parede uterina para o implante. O corpo lúteo irá produzir progesterona durante cerca de 12 a 16 dias (a fase lútea do seu ciclo). Se um óvulo for fertilizado, o corpo lúteo irá continuar a produzir progesterona para ajudar a desenvolver a gravidez até a placenta tomar conta. Pode procurar sintomas de gravidez uma semana após a fertilização. Se a fertilização não ocorrer, o óvulo irá dissolver-se passadas 24 horas. Nesta ocasião, os seus níveis hormonais irão decrescer e a sua parede uterina irá começar a desfazer-se cerca de 12 a 16 dias depois da ovulação. Este é o período menstrual, que iniciará um novo ciclo, e tudo começará de novo.
A altura da ovulação é uma das coisas mais importantes que uma mulher deverá compreender sobre o seu corpo, pois, é o seu factor determinante quer para engravidar, quer para prevenir uma gravidez.

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